quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Castração Gratuita

                     


A Prefeitura da cidade de São Paulo lançou campanha gratuita de castração de cães e gatos que vivem em todas as regiões do município.


Todos os cães e gatos (machos e fêmeas) com mais de dois meses de idade podem ser castrados.




ENDEREÇOS PARA INSCRIÇÃO DE CASTRAÇÃO GRATUITA PELA PREFEITURA DE SÃO PAULO

SUVIS ERMELINO MATARAZZO
Av. São Miguel, 5977
Fones: 2042-9700, ramal 216
Das 9 às 15 horas, de segunda a sexta-feira

SUVIS SÃO MATEUS
Av. Ragueb Chohfi, 1400
Fone: 3397-1165
Das 9 às 16 horas, de segunda a sexta-feira
Distribuição de senhas até as 14 horas

SUVIS PARELHEIROS
Rua Sadamo Inoe, 5252
Fone: 5926-6500, ramal 6547
Das 10 às 15 horas, de segunda a sexta-feira

CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES - CCZ 
Rua Santa Eulália, 86, Carandirú
Fones: 3397-8955 e 3397-8956
Das 08:00 às 18:00 hrs - de segunda a sábado



Não é preciso levar o animal para a inscrição. A inscrição e a castração são gratuitas.


Na inscrição, o CCZ vai agendar a operação do animal para uma clínica particular conveniada que estará perto do bairro onde o dono do animal mora.


O tutor do animal deve levar para a inscrição carteira de identidade, o CPF e comprovante de residência na cidade.


É exigido atestado de vacinação do animal contra a raiva. Não esqueça.


Os tutores podem inscrever no programa de castração até 10 animais.

 Não perca esta oportunidade gratuita.


Um serviço da Prefeitura essencial para controlar a população de cães e gatos na cidade e evitar ninhadas indesejadas, que são motivo de abandono de filhotes. A castração traz muitos benefícios, clique aqui. 


Indique para os vizinhos e aos amigos, porque a divulgação cabe a todos que amam os animais. A cirurgia é feita em um único dia e não precisa internar no animal na clínica..


Mais informações tel:11 3397-8900
Benefícios da castração

A castração traz diversos benefícios á saúde do animal, evitando diversas doenças (no caso de fêmeas diminui em 90% as chances dela desenvolver cancêr de mama) e tornando-os mais calmos e mais caseiros.
Saiba mais, clique aqui.

PORQUÊ CASTRAR...


                                                    

Esta foto é da Lucy Lew que foi por mim tirada do meio de mais de 30 cães na porta da minha casa literalmente pedindo socorro. Estava absolutamente machucada, mordida, sem pelos, fraca e diagnosticada depois com cinomose. Hoje ela tem uma família, tem pelos, tem vacinas e tem sua castração feita pelo Projeto.

Renato Bacci Neto
Coordenador Projeto Natureza em Forma


PORQUÊ CASTRAR...


Castrar é uma palavra pesada? Usemos então esterelizar...
O ato da esterelização em 99% dos casos é benéfica, só não é quando o animal está muito velho pra passar por uma cirurgia ou tem complicações de saúde impossibilitando sua recuperação.
Todos os dias ouvimos inúmeras histórias de animais em específico, abandonados, de parentes, de amigos, enfim.
Muitas delas são engraçadas, gostosas e fazem parte de toda a nossa história pessoal, mas, ouvimos muito ainda sobre as ruins.
Animais atropelados, causando também acidentes de transito, animais “judiados” por vizinhos que não gostam, por crianças malvadas, por gente mau-caráter, animais que tem doenças e podem passar para gente, animais que rasgam lixo nas ruas fazendo sujeira, os magros de fome, os doentes com olhos remelentos, os bravos que atacam quem chega perto, os carentes que lhe seguem na ruas com cara de dó, ouvimos muitas histórias ruins.
Em pouco tempo de trabalho voluntário consegui visualizar bem o caminho que poderemos tomar e os que deveríamos seguir.
São terríveis as desculpas para não castrar como os machos que querem cães machos, com bolas, porque sem bolas são imprestáveis.!? Não cuidam da casa, ficam gordos que nem andam, é mutilação, é judiação, que quem castra está brincando de Deus e que não temos o direito de interferir na natureza dos animais (concordo plenamente), e o pior, que logo acabaremos com as espécies castrando os animais e desequilibrando a cadeia. Sei.
Mas até hoje nunca ouvi alguém me dando uma boa justificativa se não a falta de dinheiro (que hoje não é mais justificativa em São Paulo com as castrações gratuitas do CCZ para particulares), para não castrar seus animais. Não me lembro de nenhuma mesmo.
Os machos novinhos nunca aprenderão a marcar território levantando a pata pra fazer xixi por tudo, e com certeza o cheiro da urina é beeem mais fraco que a de um animal cheio de hormônios, e muitos dos adultos resolvem parar de levantar a pata também, mirando melhor no lugar certo só por necessidade de expelir o liquido e não pra dizer que é ele quem manda.
Aquela história dele pegar o travesseiro e a perna da sua namorada também passa logo logo, pular muro pra fugir e pegar as gatinhas na rua, imaginem que num raio de 2 km ao redor de uma fêmea no cio, todos os machos não castrados farão tudo o que puderem pra chegar até ela.
Ou imagine a mulherada naqueles dias, todos os caras, casados ou não, ficariam babando na sua porta com cara de tarados...
Isso além de ruim é pior He He, isso vai acumulando, o cão vai ficando nervoso, bravo, intolerante, às vezes insuportável.
Se ele consegue sair então... Quantos gatos por aí não voltam das “baladas” todo machucado, sem rabo, sem orelhas... Brigas, molecada malvada, enfim...
A fêmeas sofrem bem mais, além do câncer de ovário que devem imaginar como é, tem o câncer de útero, a tal Piometra. Imagina que o útero das gatas e cadelas é um y certinho. Uma cadelinha poodle deve ter um útero mais ou menos do tamanho da palma da sua mão se não me engano, e num estágio avançado de Piometra (não é raro acontecer) o útero fica do tamanho de um belo salamão, os dois lados às vezes, cheio de pus até que aquilo pode se romper.
Câncer de mama é super comum, às vezes são 10 mamas na cadela, e às vezes tem que tirar cirurgicamente as 10, é como ter de tirar absolutamente toda a pele da parte frontal do seu corpo entre ombros e pélvis e juntar puxando as laterais para o meio.
Claro que isso espalha pelo corpo se não for benigno e não for bem feita a cirurgia ou se não fizer cirurgia, enfim.
Tem a parte pior, porque é bem mais comum, todos os dias acontece, agora mesmo está acontecendo em vários lugares ao mesmo tempo, fêmeas sendo algo de gangs de machos.
Pior ainda se novinhas e pequenas. Uma pinscher na rua não castrada dificilmente sobrevive.
Como disse, num raio de 2 quilômetros todos os machos irão atrás dela, e de todos os tamanhos, e num encontro de vários animais (eu já tirei cadela do meio de mais de 30 machos), ela vai “passar na mão” de um por um, nem perguntam o nome.
Será que formam fila, batem um papo enquanto esperam e todos tem plano de saúde?
Aí acontecem as brigas, as trocas de doenças, pulgas e carrapatos, ataques a humanos, incomodo da população que joga água fria, às vezes bem quente a ponto de escalpelar 5 ou 10 animais...
Mas muitos voltam para casa ilesos e seus donos felizes pois dão comida e vacina uma vez ao ano. No máximo uma fêmea grávida, e os filhotes, se tiverem sorte serão “dados” a qualquer pessoa que queira.
Não estou contando novidade nenhuma, isso é cotidiano, se nunca viu é porque nunca foi para a Vila Prudente, para a Freguesia do Ó, Santana, Itaquera, Represa de Guarapiranga, nunca saiu do apartamento da zona nobríssima que nem cães abandonados possam entrar.
Porque não castrar?
Realmente não sei, mas, se quiser castrar, tenho certeza que achará uma maneira, nem que custe caro, é uma vez na vida, se você morre, seu animal pode ir pra rua, este bebê que você tanto ama que está aí ao seu lado, se for fêmea, sabe o destino dela, se for macho, sabe que enquanto ele não morre nas ruas, ele vai procriar todo santo dia se puder.
Não é só um ato de amor, é responsabilidade social, assim como não jogar lixo no chão é questão de saúde, assim como lavar as mãos antes de comer.
Em São Paulo o CCZ faz de graça e funciona. Eu mesmo testei.
Peguei 10 animais, cães e gatos, adultos e filhotes que estavam em um terreno fechados, e fiz a quarentena, vermifuguei e vacinei. Fui à Zoonoses na terça feira, liguei para marcar as castrações na quarta e sexta à tarde estavam todos em casa comendo como loucos prontos para serem doados e já com o RGA importantíssimo.
CASTRE SEUS ANIMAIS, FAÇA ALGO PELO SEU PRÓPRIO FUTURO.

Parvovirose canina: proteja seu cachorro da doença


Os primeiros sintomas da parvovirose canina são a prostração e falta de apetite
Crédito: Flickr/ CC – The Consumerist
Os animais infectados apresentam diarreia com jatos de sangue, desidratação e vômito, podendo chegar à óbito em poucos dias

Donos de cães jovens e filhotes devem manter a atenção redobrada com a vacinação de seus animais. Isso porque como seu sistema imunológico ainda não está 100% desenvolvido, eles ficam ainda mais susceptíveis a contrair doenças, muitas delas, fatais. Uma das viroses mais contagiosas é a parvovirose canina, que ataca principalmente o sistema digestivo dos peludos.
De acordo com o dr. Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, o contágio acontece quando o cão entra em contato com as fezes de animais contaminados, podendo levá-lo, inclusive, à óbito em poucos dias. “O animal apresenta um quadro grave de vômito, desidratação e diarreia, muitas vezes, com sangue e em jatos”.
O animal precisa ficar internado para receber o tratamento da doença - Flickr/ CC – Miguel VeraO animal precisa ficar internado para receber o tratamento da doença
Crédito: Flickr/ CC – Miguel Vera
Segundo o veterinário, para tratar a doença é recomendada afluidoterapia para controlar a desidratação e corrigir o Ph sanguíneo, sendo necessária a internação do animal em uma unidade de terapia intensiva (UTI). É indicado ainda o uso de medicação para cessar o vômito e proteger a mucosa intestinal.
Uma vez curado o cãozinho volta a ganhar peso e não apresenta sequelas, sendo a vacinação a única forma de prevenção do problema. Recomenda-se que o filhote receba a primeira dose da vacina contra a parvovirose canina 15 dias após o desmame. A dose precisa ser repetida mais duas vezes, depois de 30 e 45 dias, além de anualmente após adulto.
Vale lembrar que o vírus da doença é extremamente resistente, podendo permanecer no ambiente por até um ano, portanto, tanto a vacinação do animal recuperado quanto a desinfecção da residência são recomendados. Caso o pet venha a óbito não é recomendado que o dono adquira um filhote ou cachorro jovem até que a casa esteja totalmente livre do vírus.



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Geriatria: o cão idoso


Prepare-se para enfrentar a velhice do seu amigão.
Os anos passam muito mais rápido para os cães. Levando-se em conta que a vida média desses animais é 12 a 15 anos, podemos dizer que aos 7 ou 8 anos, eles começam a envelhecer.
Existem animais que podem viver muito mais do que a média. Alguns cães chegam aos 18 ou 20 anos. Nesses casos, existem dois fatores envolvidos que justificam essa longevidade: predisposição do organismo e os cuidados que ele receberá quando começar a envelhecer. O dono deve ficar atento e conhecer as doenças que podem acometer seu animal a partir de 7 ou 8 anos de idade.



Com isso, ele poderá preveni-las ou diagnosticá-las a tempo do animal receber o tratamento adequado. Isso certamente prolongará a vida de muitos cães.

 Calcificações nas vértebras da coluna ("bico de papagaio"), hérnia de disco e artrose
É muito comum em cães idosos e obesos. O animal pode começar a mancar e ter dificuldade de pular ou subir em locais mais altos, como um sofá. Quando palpado na região da coluna, ele sente dor. O quadro pode progredir e o animal passa a ter incoordenação nos membros (cruza as pernas traseiras ao andar), não consegue mais se levantar, urina e defeca em qualquer lugar (incontinência).
O desgaste das articulações (artrose) também é comum nessa idade. O cão sente dores ao executar movimentos simples. O diagnóstico dessas patologias é feito através do raio-X simples, tomografia e/ou mielografia (radiografia da coluna vertebral usando contraste).
Como tratar: pode estar ocorrendo compressão dos nervos e inflamação na região da coluna afetada por uma hérnia ou calcificação. O cão deve repousar e ser medicado pelo veterinário com antiinflamatórios e analgésicos. O cão que apresentar sinais graves, como paralisia, deve ser submetido a exames como raio-X, tomografia e mielografia para avaliar o grau da lesão. O animal não deve tomarbanho ou ser submetido a temperaturas frias durante o tratamento ou quando tiver crises de dor. Em alguns casos, o tratamento é cirúrgico.
No caso de artrose, o tratamento consiste na administração de analgésicos, antiinflamatórios e medicamentos que estimulem a formação de cartilagem. Em todos os casos é possível associar-se terapias alternativas ao tratamento, como a fisioterapia e acupuntura.
 Doenças do coração
Uma grande porcentagem dos cães idosos tem alguma alteração cardíaca, principalmente nas válvulas do coração. Muitos animais compensam essas disfunções e vivem bem, sem sinais clínicos. Outros apresentam sinais claros de cardiopatia, mas o dono não sabe reconhecer. Cansaço além do normal durante os passeios, tosse que pode ser confundida com um engasgo após exercícios, ofegação e língua arroxeada após uma situação de excitação, são sinais de um cão cardiopata. O animal deve ser examinado pelo veterinário, que indicará um eletrocardiograma e/ou um ecocardiograma para avaliá-lo.
Como tratar: é importante que o proprietário esteja atento, para que o animal seja medicado no início da doença. Mesmo não apresentando sinais clínicos, o animal idoso deve ser examinado pelo veterinário anualmente. Constatada a cardiopatia, o cachorro será medicado e os sinais deverão desaparecer. Isso prolongará em muito a vida do cão. Cães cardiopatas não devem ter peso acima do normal (obesidade) ou ser submetidos a longas caminhadas forçadamente. 

Veja seção de cardiologia para maiores detalhes

 Catarata
A catarata é uma condição em que o animal vai perdendo a visão gradativamente, uma vez que o cristalino (estrutura interna do olho) vai tornando-se translúcido. Quando observado à luz, o olho do animal tem manchas brancas. Com o passar do tempo, a catarata evolui e o animal passa a não enxergar, já que o cristalino está totalmente opaco e o animal tem os olhos bastante esbranquiçados.
Como tratar: diagnosticada precocemente, a catarata pode ser tratada para que sua evolução seja mais lenta. Nem todos os casos respondem bem ao tratamento. No caso de cegueira, existe cirurgia para catarata em animais. Algumas raças apresentam predisposição à catarata e ela pode aparecer precocemente, em animais novos. 

Veja seção oftalmologia para mais detalhes

 Insuficiência renal crônica
Quando o rim perde a sua capacidade de selecionar o que é bom ou mau para o organismo e não consegue mais reter a água, temos um quadro de insuficiência renal crônica. Os sinais são emagrecimento,ingestão exagerada de água, urina em grandes quantidades, perda de apetite, vômitos e anemia.
Como tratar: a insuficiência renal crônica é um quadro que leva o animal à morte, pois o rim, que é o filtro do organismo, não funciona mais. Ele deixa passar substâncias importantes como vitaminas, e retém toxinas que deveria eliminar. Porém, diagnosticado a tempo, o animal pode ter uma sobrevida com uma mudança alimentar e complementos vitamínicos. A hemodiálise pode ser realizada. Otransplante renal também pode ser realizado em animais.
 Piometra
Cadelas idosas que apresentem sinais de perda de apetite, vômitos, aumento súbito do volume do abdômen, corrimento vaginal intenso e apatia, devem ser encaminhadas ao veterinário imediatamente. A piometra é uma infecção uterina que acomete cadelas idosas. O útero se enche de secreção purulenta e o animal se intoxica pela absorção desse pus pelo organismo.
Como tratar: O tratamento eficaz na maioria dos casos é a cirurgia com retirada do útero e ovários e antibioticoterapia. Em alguns casos (doença detectada precocemente e cadelas reprodutoras) pode ser tentado tratamento para preservar o útero, mas nem sempre se consegue resultados. Preconiza-se a castração de cadelas jovens como prevenção da piometra na fase adulta. 

Veja maiores detalhes em: piometra

 Tumores
Nem todo tumor é um câncer. Nas cadelas, o tumor mais comum ocorre nas mamas. Tumores de mamas são freqüentes e podem ser percebidos facilmente pelos proprietários como um ou vários nódulos nas glândulas mamárias das cadelas. A maioria dos tumores de mama é benigna, mas o veterinário deve acompanhar a evolução e indicar a remoção, caso ache necessário. A biópsia é sempre indicada após a retirada de qualquer tumor. Todo nódulo que aparece em um cão, idoso ou não, deve ser avaliado pelo veterinário. O diagnóstico precoce pode salvar ou prolongar a vida de um animal com câncer.
Como tratar: pode-se recorrer à remoção cirúrgica e/ou quimioterapia. A radioterapia em cães é realizada em alguns países. 

Veja mais detalhes em: oncologia

 Diabetes
Ela pode aparecer em qualquer cão. Cães idosos e/ou obesos podem se tornar diabéticos. O cão diabético apresenta magreza, embora coma muito. Bebe água exageradamente e urina demais. Pode apresentar catarata associada ao quadro.
Como tratar: A administração de insulina é feita em cães para o controle da doença na maioria dos casos.

Veja mais detalhes em: diabete

 Perda dos dentes
É algo que o dono pode e deve prevenir. O cão perde os dentes pelo acúmulo de tártaro. Os animais devem ser avaliados anualmente desde jovens, e a prevenção e/ou remoção do tártaro (quando necessário) devem ser feitos. Quando o dono percebe que a boca do seu cão cheira mal, é hora de visitar o veterinário. O ideal é fazer a prevenção. Quando é feita a limpeza de tártaro tardiamente, muitos dentes já estão perdidos. Alimentar o animal com ração seca pode ajudar a prevenir o tártaro, além de outras medidas. 

Veja detalhes em: odontologia

Quanto à alimentação, vale ressaltar que existem rações para cães mais velhos (rações sênior). Dê preferência a elas para animais acima de 7 anos. 


Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)

Webanimal
www.webanimal.com.br

Giardíase canina


Uma doença que pode infectar seu cão e você também!
A Giardíase é uma infecção causada por protozoários que acometem, principalmente, a porção superior do intestino delgado. É considerada uma zoonose, ou seja doença transmitida ao homem pelos animais.
A transmissão da doença entre animais ocorre através da rota fecal-oral. Uma vez instalado no ambiente, o cisto (forma infectante do parasita) é bastante resistente e pode sobreviver por longos períodos, principalmente em ambientes frios e úmidos. O hospedeiro se infecta ingerindo os cistos, que se rompem no intestino após a exposição ao ácido gástrico e às enzimas pancreáticas.
Em humanos, a contaminação ocorre através da ingestão de cistos dos parasitas presentes na água e nos alimentos contaminados, ou pelo contato com as fezes de animais ou humanos infectados. Os grupos mais acometidos são crianças, geralmente menores de cinco anos e indivíduos imunossuprimidos.
Os sintomas mais comuns da doença nos animais são fezes moles, odor fétido e algumas vezes diarréia acompanhada de dor abdominal, que pode ser intermitente e aguda e muitas vezes associada à desidratação. Outros sinais incluem vômito, cansaço, falta de apetite, perda de peso e anemia. O ser humano pode apresentar a mesma sintomatologia canina, ou seja: diarréias freqüentes, vômitos, desidratação, fraqueza, dores abdominais, podendo evoluir para problemas mais graves quando não tratados.
O controle e a prevenção da doença devem ser baseados nas seguintes ações:
 Educação sanitária e adoção de hábitos de higiene: qualidade da água, lavar as mãos e alimentos antes das refeições. Tratamento de indivíduos infectados, com sintomas ou não. Vacinação dos cães 
* Material fornecido pela divisão técnica da Fort Dodge



Webanimal
www.webanimal.com.br

Estresse




Não é apenas o ser humano que pode sofrer de estresse. Essa palavra, tão comumente usada nos dias atuais, não é nenhuma novidade no mundo animal.
Sob condições adversas, tais como: transporte, mudança de ambiente ou na rotina da casa, morte do dono ou na família e viagens, os animais podem reagir com mudanças fisiológicas e/ou comportamentais.
Alguns animais apresentam diarréias quando voltam do banho em petshops. Por melhor que seja o tratamento oferecido, para esses animais a situação gera estresse capaz de causar-lhes diarréia. Nesses casos, é aconselhável que o dono acompanhe o animal durante o banho.
A introdução de um novo animal na casa pode ser um fator estressante para outro que já viva no ambiente, independente da espécie. A reação pode ser comportamental, com sinais que vão da agressividade à apatia, ou fisiológicos, com vômitos, diarréia ou perda de apetite.
A morte do dono é uma situação extremamente estressante. Muitos animais se recusam a comer por vários dias e perdem o interesse por tudo que os cercam. Há casos em que o animal chega a adoecer e até mesmo morrer, logo após a morte de seu dono. Notamos que esses animais não demonstram reação positiva ao tratamento, nos dando a impressão de total desinteresse por viver.
O transporte é uma das grandes causas de estresse em peixes, aves e répteis, podendo levar à morte muitos animais. Transportar um animal de uma dessas espécies requer cuidados especiais e condições que minimizem o estresse como: temperatura certa e caixas de contenção apropriadas.
Mudanças ambientais também causam estresse nos animais. Nas espécies mais sensíveis como répteis, peixes e aves, alterações bruscas na temperatura, mudança na alimentação ou local onde o animal viva, são fatores estressantes.
Em cães e gatos, a ausência do dono, diminuição do tempo ou frequência dos passeios, mudança de um empregado da casa, obras ou reformas ou situações em que o dono passa menos horas com o animal, podem causar estresse.
Na maioria dos casos, retirando-se a causa do estresse, o animal volta à sua vida normal. O estresse não é uma "doença" nos animais, mas um estado bastante comum. Ele pode sim gerar queda de resistência no organismo e levar a uma doença.
O estresse não pode servir de diagnóstico antes de eliminarmos todas as outras prováveis causas que levem a mudanças no comportamento e fisiologia. Nem todo o animal que está "diferente", está estressado. Ele pode estar doente. Não deixe de procurar o veterinário.

Silvia C. Parisi
médica veterinária - (CRMV SP 5532)
Webanimal
www.webanimal.com.br

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Viroses



Viroses

As doenças apresentadas nesta seção são causadas por vírus. São as principais

 responsáveis pela morte de filhotes, mas podem atingir

 também cães adultos. As viroses mostradas aqui NÃO atingem o ser humano.

Os animais se contaminam através de urina, fezes e secreções de cães doentes.

 Pelo fato de muitos desses vírus sobreviverem por até 1

 ano em condições ambientais, o local onde um cão doente esteve abrigado deve

 ser evitado por filhotes e cães não vacinados durante

 esse período de tempo. Mesmo que ocorra a desinfecção do ambiente, o risco de

 contaminação ainda é considerável.

Alguns vírus continuam a ser eliminados pela urina dos animais que conseguiram

 sobreviver à doença, por vários meses. 

Essas informações são bastante importantes e nos leva à conclusão: deixar de

 vacinar um cão e levá-lo para as ruas é um risco muito

 grande. Da mesma forma, os filhotes só podem ter contato com o meio exterior e

 com outros cães após terminada a fase de

 vacinação.

Dentre as viroses, as mais temidas são a cinomose e a parvovirose, por serem

 bastante violentas e altamente contagiosas, causando a

 perda de muitos animais. A vacinação é o único meio de evitá-las.

Cinomose

É uma doença que atinge os cães, não transmissível ao homem, altamente

 contagiosa, causada por um vírus bastante resistente ao

 meio ambiente. Animais de todas as idades podem ser acometidos. 

O período de incubação da cinomose pode chegar a 10 dias. O animal apresenta

 febre, apatia, perda de apetite, vômitos, secreção

 nasal e ocular e sinais neurológicos, dentre outros. A doença pode apresentar-se

 de várias formas, inclusive com sinais neurológicos

 apenas, o que significa um estágio mais avançado. 

O vírus da cinomose atinge vários órgãos: rins, pulmões e, principalmente, o

 sistema nervoso, daí os sinais do tipo "tiques", andar


 cambaleante, ataques convulsivos, etc. Uma vez diagnosticada a doença através

 dos sintomas, histórico e exames laboratoriais, o



 animal recebe tratamento de suporte, ou seja, condições para o organismo

 reagir. 

O curso da doença é variável. O animal pode passar por todos os estágios ou

 rapidamente apresentar os sintomas neurológicos, que 

são irreversíveis, mesmo que ele atinja a cura. Atualmente, alguns tipos de

 terapias podem auxiliar animais com sequelas de cinomose,


 como é o caso da acupuntura. A morte ocorre com frequência e muitas vezes o

 dono do animal opta pela eutanásia para aliviar o 

sofrimento de seu animal. 

Devemos usar de todos os recursos disponíveis na tentativa de salvar o cão.

 Porém, mesmo com um tratamento intensivo e adequado,

 a resistência individual é o fator mais importante. Se o cão atingir a cura, ele

 ficará apenas temporariamente imunizado, e deverá 

continuar sendo vacinado anualmente.

Parvovirose

A parvovirose é uma doença muito comum e causadora de 80% de morte nos

 filhotes contaminados. Não é transmitida ao homem. Ela

 pode atingir cães em todas as idades, daí o cuidado em se manter o cão vacinado

 anualmente. 


Os sinais são febre, apatia, perda de apetite, vômitos e diarreia profusa. O animal

 solta as fezes na forma de jatos, de odor fétido e 

com muito sangue. O cão desidrata rapidamente e deve receber cuidados

 imediatos. Muitos necessitam de internação, pois a doença

 aparece de forma abrupta e violenta. 

O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para

 que eles consigam reagir. O período de incubação

 pode chegar a 12 dias, e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado

 temporariamente. 

A parvovirose não deixa sequelas, e o animal curado ganha peso e volta a se

 desenvolver rapidamente. Porém, apesar de contarmos

 com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal

 anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é

 uma doença que ainda mata muitos filhotes. 

O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois

 existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser

 confundidas com a parvovirose, se muito intensas.

Coronavirose

É um vírus muito similar ao vírus da parvovirose, causando sintomas

 semelhantes. É muito difícil diferenciar as duas doenças apenas

 pelos sintomas. São necessários exames laboratoriais, embora nem sempre essa

 diferenciação seja necessária, pois o tratamento das 

duas doenças é semelhante.

A coronavirose pode ser considerada mais branda que a parvo, porém, pode levar

 à morte muitos animais. Os sinais clínicos são:

 febre, inapetência, apatia, vômitos e diarreia na forma de jatos. Os animais 

recebem tratamento sintomático, e as chances de 

sobrevivência são maiores.

Hepatite Viral Canina

É uma doença causada por um vírus que NÃO atinge o homem. Sua ocorrência é

 bem menos frequente que a cinomose e a 

parvovirose, e a mortalidade também não é tão alta. O período de incubação é de

 2 a 5 dias. O vírus atinge o fígado e outros órgãos,

 especialmente os rins. 

O animal pode apresentar desde sintomas leves até um quadro bastante severo.

 Os sinais clínicos incluem febre, apatia, inapetência,

 vômitos amarelo-esverdeados, diarreia e, em uma pequena porcentagem de

 cães, uma alteração ocular denominada "olho azul" 

(edema da córnea), reversível na maioria dos casos.

O tratamento é sintomático, e visa dar condições de reação ao organismo.

Parainfluenza

É um dos agentes causadores da chamada "tosse dos canis". O vírus, não

 contagioso ao homem, causa uma tosse não produtiva (sem

 catarro), com febre baixa ou ausência dela. O quadro persiste por 2 semanas e o

 prognóstico é bom. Os animais se contaminam pelo 

contato direto com cães infectados. O período de incubação é de nove dias. A

 associação de outros agentes (bordetella, adenovirus ou

 mycoplasma) com a parainfluenza é comum, e pode causar um quadro mais

 severo, como perda de apetite, apatia, tosse dolorosa e 

febre alta.

Mantenha seu cão vacinado anualmente, pois as vacinas dadas na fase de filhote

 devem ser repetidas todos os anos para garantir 

imunidade ao cão. Nunca tente tratar essas doenças com receitas caseiras, pois

 elas são graves e precisam de tratamento adequado

 para que o animal tenha chance de sobreviver.


Silvia C. Parisi


médica veterinária - (CRMV SP 5532)


Fonte: Webanimal